PABLO HERMOSO DE MENDOZA UM REJONEADOR ÚNICO: No Campo Pequeno na próxima quinta-feira
O rejoneador espanhol Pablo Hermoso de Mendoza regressará quinta-feira, 6 de Setembro, ao Campo Pequeno, alternando com os cavaleiros João Moura e Rui Fernandes, na lide de toiros de António Charrua, que serão pegados pelos grupos de forcados amadores de Évora e de Alcochete.
A corrida tem um significado especial por nesta se comemorarem os vinte anos de alternativa do cavaleiro Rui Fernandes, e por ter sido possível reunir, nesta data, o mesmo trio de cavaleiros da corrida de 6 de Agosto de 1998.
Pablo Hermoso de Mendoza, que testemunhou a alternativa apadrinhada por João Moura mantém, de há anos a esta parte, o estatuto de primeiríssima figura mundial do rejoneio, conquistado ao longo de uma carreira oficialmente iniciada a 6 de Outubro de 1985, na praça de toiros de Pamplona. A alternativa viria 4 anos mais tarde (18 de Agosto de 1989) na sua cidade natal, Tafalla (Navarra, Espanha).
O conceito de toureio de Pablo Hermoso de Mendoza tem uma ideia central: basear o mais possível o toureio a cavalo nos axiomas do toureio a pé, aproveitando ao máximo o paralelismo existente entre estas duas formas de expressão.
Para Pablo, “A melhor lide é aquela em que se toureia de frente, vendo aproximar o toiro por entre as orelhas do cavalo, pois esse é, digamos o ‘ponto de mira’. Depois vem o esquivar-se à investida, que é feita pelo cavalo, logo, sem o engano do capote ou da muleta”.
Sobre a sua carreira de mais de 30 anos de profissionalismo refere: "Tem sido bonita porque a tenho vivido sobre os mais diversos prismas: desde o tempo em que não tinha grandes opções, àquele em que passei a tê-las, seguindo-se-lhe o tempo de alternar com as figuras que já o eram, antes de eu abraçar esta carreira e, actualmente, tenho a oportunidade de alternar com os filhos dessas mesmas figuras. Com todos eles tenho disfrutado ao máximo da minha profissão”.
Grupo de Forcados Amadores de Évora, dia 6 de Setembro no Campo Pequeno
O Grupo de Forcados Amadores de Évora actua quinta-feira, 6 de Setembro no Campo Pequeno, em competição directa com o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, ante toiros de António Charrua.
Na origem deste grupo estão alunos da então Escola de Regentes Agrícolas de Évora, a maioria dos quais nunca tinha passado pela experiência de pegar toiros. Contudo, desse núcleo inicial emergia um nome - João Nunes Patinhas - forcado já com provas dadas nos Amadores de Santarém e que, naturalmente, assumiu a chefia do novel grupo.
A estreia ocorreu a 11 de Agosto de 1963, no Redondo, ante uma corrida da ganadaria de Manuel Lampreia, com o grupo sob a chefia de João Nunes Patinhas, que desempenhou esta função até 1989. Rapidamente o grupo se impôs no panorama tauromáquico português e, em Setembro desse ano, apresentou-se com êxito no Campo Pequeno. Daí à sua inclusão nas principais corridas e feiras do calendário tauromáquico português foi um ápice.
Na década de 1970, o Grupo de Forcados Amadores de Évora viveu um período de grande actividade internacional, apresentando-se em Espanha, França, México e Estados Unidos. Na Monumental da Cidade do México causaram tal impressão que, desde então, vários grupos de forcados surgiram naquele país, sendo, hoje em dia, a arte de pegar toiros parte integrante de corridas com a intervenção de cavaleiros e rejoneadores.
Regressaram ao México na década de 80 e, nos anos 90, apresentaram-se na Colômbia (Cali, Medellín e Bogotá) e nas feiras francesas de Mont de Marsans, Saintes Maries de la Mer, Le Grou du Roi e Saint Vicent de Tyrosse.
O Grupo, dos mais respeitados e premiados de Portugal, é na actualidade capitaneado por João Pedro Oliveira. Na corrida de 6 de Setembro irá competir com o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, capitaneado por Nuno Santana.
Nesta corrida comemora-se o 20º aniversário da alternativa do cavaleiro Rui Fernandes que alternará com João Moura e o rejoneador espanhol Pablo Hermoso de Mendoza, que, há vinte anos foram respectivamente seu padrinho e testemunha.
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