Periodicidade: Diária - Director: Armando Alves - 29/03/2024.
 
 
IMAGENS E CRÓNICA DA CORRIDA DE ALTERNATIVA DE VERÓNICA CABAÇO
IMAGENS E CRÓNICA DA CORRIDA DE ALTERNATIVA DE VERÓNICA CABAÇO
16 de Setembro de 2018





Tradicional corrida do fogareiro

Foi no passado dia 14 que aconteceu a última corrida da feira da Moita, na praça Daniel Nascimento. Foi tomada a alternativa pela jovem cavaleira Verónica Cabaço e homenagem póstuma ao forcado Fernando Quintella.

Numa casa com cerca de 1/4 da sua capacidade para acolher público, repartiram cartel com a mais recente cavaleira de Alternativa, a cavaleira Ana Batista, os cavaleiros Gilberto Filipe, Filipe Gonçalves, Andrés Romero e o Praticante António Prates que veio substituir o mexicano Emiliano Gamero. A cargo das pegas estiveram os Grupos de Forcados Amadores de Évora e de Alcochete, capitaneados respetivamente por João Pedro Oliveira e Nuno Santana.

Tratando-se de um concurso de Ganadarias estavam a concurso toiros das seguintes casas: Prudêncio, Veiga Teixeira, Fernandes de Castro, Dr. António Silva, Eng. Jorge De Carvalho e Canas Vigouroux.

Abriu-se a noite com a tomada de alternativa de Verónica Cabaço, que teve Filipe Gonçalves como Padrinho e Ana Batista como testemunha. Saiu um Toiro Prudêncio de 510 kg, de boa estatura e bravo. O cavalo que Verónica usou para abrir a sua lide não estava preparado para aquilo que lhe foi pedido, por isso os ferros compridos não foram os melhores. Ao primeiro curto esperou a investida do seu oponente para realizar uma batida ao piton contrário que na reunião resultou num pequeno toque à garupa do cavalo. Destaque para o segundo curto, que cravado em curtos terrenos resultou como desejado pela cavaleira. Terminou a lide com um violino à segunda tentativa. Teve direito a música e volta.

Seguiu-se Ana Batista frente ao maior toiro anunciado, um Dr. António Silva de 650kg, de boa apresentação que acabou por sair coxo dos curros e foi recolhido. Lidou então o quarto toiro da noite, um sobrero Passanha que não entrou a concurso, mas era um bom animal. Na lide deste Sobrero,, Ana Batista andou sempre elegante e correta, tendo apenas falhado o quarto curto e um palmito à primeira tentativa. Redimiu-se no palmito à segunda tentativa. Teve também direito a música e volta

Gilberto Filipe saiu frente a um Veiga Teixeira grande e com trapio, de 560 kg. Cravou 3 compridos sem nada a apontar. Nos curtos esteve de menos a mais: começou com uma batida ao piton contrário num ferro que resultou tardio. Destaque para o quarto e quinto curtos, sendo que o quinto foi de violino. Foi no geral uma boa lide, que teve direito a música e volta.

Filipe Gonçalves, o triunfador da noite, saiu à arena frente a um Eng. Jorge de Carvalho de 565 kg, um toiro bravo e bem constituído. Destaque para os ferros compridos que abriram a sua lide e foram cravados mesmo no sítio certo! Seguiram-se os curtos. O primeiro de boa nota, colocado ao estribo com uma batida ao piton contrário rematada com uma pirueta, o terceiro muito bom com uma batida ao piton contrário muito pronunciada. Terminou a sua lide com 2 ferros de violino ambos de muito boa nota! Filipe Gonçalves acordou a praça numa noite bastante longa. Teve direito a música e volta.

Andrés Romero iniciou a sua lide frente a um Canas Vigouroux com uma sorte de gaiola. Um toiro bem constituído de 485 kg. Fui uma lide correta no geral, que podia ter sido melhor: teve um primeiro curto atrasado mas melhorou ao longo da lide, tendo o quarto ferro sido bastante bom após um Terra a Terra. Terminou com um palmito de boa nota e teve direito a musica e volta.

Terminou a noite, que já ia longa, o cavaleiro praticante António Prates, frente a um Fernandes de Castro de 585 kg, grande, com trapio e bastante força. António terminou esta noite com uma lide sempre correta e acertada, com destaque para os segundo e terceiro curtos, e para a forma como terminou a lide: dois palmitos de violino de muito boa nota. António está num bom caminho e teve direito a música e volta.

Pelo capítulo das ramagens abriram a noite o Grupo de Forcados Amadores de Évora, frente ao Prudêncio. Foi à cara o forcado António Torres que pegou à primeira tentativa e teve direito a volta. Foi uma pega boa, em que as ajudas estiveram muito bem.

Para o segundo toiro da noite, o Veiga Teixeira, entrou na arena o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, com o forcado João Guerreiro à cara, que consumou a sua pega ao primeiro intento e teve direito a volta.

Ao terceiro toiro, o Eng Jorge de Carvalho, foi à cara José Maria Passanha do GFA de Évora, que consumou a pega à primeira tentativa. Boa nota novamente para os ajudas, e para o rabejador Francisco Sequeira. Zé Maria teve direito a volta.

Para o quarto toiro, o Sobrero de Passanha saiu o GFA de Alcochete com o forcado Pedro Gil à cara, que fez três tentativas tendo saído lesionado da arena. Dobrou o forcado Vítor Marques na quarta tentativa de pegar este toiro, cm uma pega de sesgo. O forcado não deu a volta, apesar de ter sido autorizada.

Entrou novamente em praça o GFA de Évora, frente ao Canas Vigouroux. Foi à cara o forcado Ricardo Sousa “Matxira”, que mostrou a garra que tem. Pegou o toiro apenas à quinta tentativa, mas à segunda e terceira tentativa o toiro nem investiu. Não foi autorizada volta a este forcado.

Terminou a noite o GFA de Alcochete frente a um Fernandes de Castro. Foi à cara o  forcado Manuel Pinto que consumou a pega à primeira tentativa. Foi a melhor pega da noite, e o forcado teve direito a volta.

Terminou assim uma noite longa, já perto das 2 da manhã, que não aqueceu nem arrefeceu. Em disputa estavam os prémios para apresentação e bravura, que foram os dois arrecadados pela Ganadaria Eng. Jorge de Carvalho.

Ao intervalo foi prestada uma homenagem póstuma ao Forcado Fernando Quintella, tendo sido descerrada  na entrada principal uma placa em sua homenagem.

Crónica: Ana Silva

Fotos: Armando Alves