Os antigamente apelidados de "ginetes hispânicos" sempre foram uma peça fulcral no que à tauromaquia concerne! Utilizo esta expressão pois era a nomenclatura aplicada ao cavalo de toureio, seleccionado e moldado durante milénios "à gineta".
Características como corpulência e agilidade sempre foram essenciais para uma performance dos mesmos. Equinos com alturas ao garrote compreendidas entre 1,49m e 1,55m eram o ideal em tempos idos, mas actualmente a realidade é ligeiramente diferente pois, se me permitem a expressão, "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
O cavalo teve de ser seleccionado/melhorado consoante o mesmo propósito aplicado ao toiro, para não falar também nk público que cada vez mais exige diversidade.
O cavaleiro surge numa época em que a nobreza participava em montarias tendo sido nestas, provavelmente, o primeiro contacto estabelecido entre o Homem e o Toiro Bravo. Através desse contacto, foram adquiridos os primeiros conhecimentos relativamente ao comportamento deste animal bravio ao ser "provocado".
Fazia parte do treino para reflexos, maneio de armas e ensino dos cavalos utilizados nas guerras confrontar os toiros sendo a primeira evidência de similaridade com a tauromaquia actual.
Com este pequeno texto, reforça-se então a verdade de que a Tauromaquia é indubitavelmente uma tradição milenar extremamente relevante para descrever: a nossa IDENTIDADE, a nossa CULTURA, o nosso PAÍS!
TEXTO:
Marta Penedo
Eng. Técnica
FOTOS:
Ana Direito, Mónica Santa Barbara, Sofia Almeida, João Rodrigues Carvalho, Armando Alves
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